quinta-feira, 6 de outubro de 2011

E agora, Natália?

Um Blog sem título.
Porém (assim espero) com um bom conteúdo.
Segunda tentativa de criar um blog. Bom, este é fruto de uma madrugada de quinta para sexta-feira com pitadas de insônia e melancolia. E também, claro, um desejo de vomitar.
Não é hora para café. Apesar de que para minha viciada pessoa, qualquer hora é hora para um bom café, mas... Sintam-se, quem acaso vier a ler isso, com uma xícara ao alcance de um delicioso e recém-passado café... e para quem fuma, um Marlboro Light para acompanhar.
Sem mais delongas de individualismo e egocêntrismo...

Desde já, desculpem-me a pobreza de estética, ainda não sei mexer nesse negócio.
Well...

E agora, José?
E agora, Natália?
E agora, todos nós?
Hahaha.. É esse meu primeiro vômito. Poema de Carlos.

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse....
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde? 



         


http://www.youtube.com/watch?v=CaexXJ6UFnw

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